Dizem que a as situações ruins são pagas de pecado Quintana deve estar certo quando se é perdoado sempre vem a primavera e deixa-se o inverno. Lindo dia pra você!
Que bom, nestas manhãs claras de outono de céu puro, lavado, de ar tão leve, sair, de alma nos pés, sem ter remorsos, para andar pelas ruas sem destino.
Sentar-se nos jardins, nos bancos frios ainda molhados pela noite de ontem, e olhar a grama verde onde o sol joga mil miçangas de luz nas gotas límpidas.
Ou nos cafés, a surpreender a vida que lateja nas ruas cada dia, pensar as vezes: quanta luta estéril, para que lutar tanto sem beleza?
Olhar o mar, a essa neblina vaga da manhã que se esgarça e se dilui, e a praia, a branca praia iluminada lavando os pés descalços na onda fria.
Que bom, nestas manhãs sair assim sem um livro na mão, sem pensamento, de repente tão puro, tão poeta, como o Sol, como a água ou S. Francisco !
Olhar apenas, respirar apenas, milagre! – caminhar, sem intenções, passar apenas sem ser percebido nada mais que viver! – Oh! que alegria!
(fragmento do Poema de J G de Araujo Jorge - in " Festa de Imagens " 1a ed. 1948 )
Dizem que a as situações ruins são pagas de pecado
ResponderExcluirQuintana deve estar certo quando se é perdoado sempre vem a primavera e deixa-se o inverno. Lindo dia pra você!
Isso me fez lembrar de um poema...
ResponderExcluirESTADO DE GRAÇA
Que bom, nestas manhãs claras de outono
de céu puro, lavado, de ar tão leve,
sair, de alma nos pés, sem ter remorsos,
para andar pelas ruas sem destino.
Sentar-se nos jardins, nos bancos frios
ainda molhados pela noite de ontem,
e olhar a grama verde onde o sol joga
mil miçangas de luz nas gotas límpidas.
Ou nos cafés, a surpreender a vida
que lateja nas ruas cada dia,
pensar as vezes: quanta luta estéril,
para que lutar tanto sem beleza?
Olhar o mar, a essa neblina vaga
da manhã que se esgarça e se dilui,
e a praia, a branca praia iluminada
lavando os pés descalços na onda fria.
Que bom, nestas manhãs sair assim
sem um livro na mão, sem pensamento,
de repente tão puro, tão poeta,
como o Sol, como a água ou S. Francisco !
Olhar apenas, respirar apenas,
milagre! – caminhar, sem intenções,
passar apenas sem ser percebido
nada mais que viver! – Oh! que alegria!
(fragmento do Poema de J G de Araujo Jorge - in
" Festa de Imagens " 1a ed. 1948 )
Lindo poema Adriana!!
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