terça-feira, 22 de novembro de 2011

Caio F. Abreu


Quero , pés descalços na areia, a brisa do mar, fim de tarde tranquilo, música boa, sem relógio, despertador ou qualquer coisa que me mostre o tempo passando. Quero sair de noite olhar pro céu e ver estrelas, ter tempo pra ver como a lua é bela, observar pessoas, rir, chorar, pensar, viver, cantar, sentir. [..] Porque não morri. Porque é verão e eu quero ver, rever, transver, milver tudo que não vi.
Caio F.

3 comentários:

  1. tudo isso, mais um pouco, e melhor ainda se acompanhada do meu amor. \o/\o/

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  2. nossa!!!!!!!!!!! fui lendo o texto e as imagens foram surgindo na minha mente... hum!!!!!!!!!!! vida boa... momento bom... senti a brisa na minha fronte... o cheiro do mar... a areia geladinha nos pés... aquela música deliciosa ao pé do ouvido... o sol mergulando no mar enquanto as estrelas surgiam para brindar mais uma noite... perfeito... maravilhoso... a única coisa a dizer... o bom da vida está na simplicidade do momento... é uma pena que passamos uma boa perte dela buscando coisas que não são essenciais... e não nos damos conta do quanto dela perdemos enquanto corremos... corremos... corremos...

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  3. Paula, remexendo uns arquivos encontrei esse e achei que tinha um pouco a ver com esse post e a frase final remete ao seu outro post Essencial. Vale a pena ler...

    O TEMPO E AS JABUTICABAS'
    (Rubem Alves)

    "Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver
    daqui para frente do que já vivi até agora.
    Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas.
    As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

    Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
    Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
    Não tolero gabolices.
    Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

    Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
    Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.
    Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

    Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
    Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

    Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.
    Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
    Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas
    não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
    Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a
    essência, minha alma tem pressa...

    Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente
    humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta
    com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não
    foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados,
    e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.

    Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.

    O essencial faz a vida valer a pena."

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