LA SOLITUDINE NA PÓS-MUDÊRNIDADI
As pessoas sentem-se cada vez mais e mais incapazes do verdadeiro Encontro, do prazer de relaxar e se sentir à vontade ao lado de alguém. Sem enquadre, sem precisar falar sem parar, sem ter "algo a resolver". Esse "frenesi do acontecimento", estimulado pela societé du espectacle, fere nossa criatividade de todo.
[Curioso como as pessoas acham que Debord em a "A Sociedade do Espetáculo" (1967) tava escrevendo um livro sobre a mídia. Não!! O espetáculo é o império da representação sobre o representado, da mediação sobre o mediado, do concebido sobre o vivido, da política e da economia sobre a sociedade, etc. Tudinho numa perspectiva marxiana de crítica do fetiche da mercadoria]
O celular é um significante... insignificante. Seria loucura desdenhar o avanço tecnológico que ele representa, as facilidades que traz e tals. Mas caiu-se na velha hybris grega, e, ao invés de benefícios, acontecem muuuuitas vezes distorções sem fim.
O celular é um significante... insignificante. Seria loucura desdenhar o avanço tecnológico que ele representa, as facilidades que traz e tals. Mas caiu-se na velha hybris grega, e, ao invés de benefícios, acontecem muuuuitas vezes distorções sem fim.
O sociólogo Zygmunt Bauman exemplifica essa perversão da comunicação falando dum carinha que durante a viagem de metrô liga várias vezes dizendo "estou na estação tal e etc&etc&etc". Até que chega em casa, passa por todos sem cumprimentar, entra no quarto e se tranca durante horas.
Formas de existir...
Um amigo comentou, outro dia, sobre este ser-no-mundo impeditivo do encanto, da vertigem. Pessoas que ele vê sair do cinema, comentam sobre um filme interessante, três ou duas palavrinhas, geralmente adjetivos, e no momento seguinte "sabe o que eu comprei ontem?!!"
Retirado do site: http://www.psicorama.com/
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